Câmara montauriense manifesta apoio a paralisação dos professores

A Câmara Municipal de Vereadores de Montauri manifestou apoio aos professores da rede estadual de ensino que desde a semana passada iniciaram uma paralisação das aulas, devido ao parcelamento de salários que vem ocorrendo há 47 meses, além dos cinco anos sem reposição da inflação e a mais recente medida do Governo do Estado que enviou para a Assembleia Legislativa um pacote extinguindo direitos adquiridos pela classe, que afirma ser um desmonte da educação pública.
Reonil Balbinot, presidente do Legislativo Montauriense reforça: “estamos dando todo o apoio aos professores, porque entendemos que educação, saúde e segurança são as prioridades do governo. Estamos fazendo uma moção de apoio porque o Governo pretende nesse pacote cortar muitos benefícios que vão acabar prejudicando e muito a educação. A gente entende que é até um descaso enorme com a educação, além da falta de valorização do professor. Em Montauri todos nós passamos pela escola pública, portanto ela é indispensável. Se os professores não recebem de acordo com as horas trabalhadas e ainda tem direitos cortados, se desmotivam, sem contar que ninguém mais quer ser professor. Da maneira como estão indo as coisas, o ensino público vai acabar sendo extinguindo. E quem não tem condições de pagar uma escola particular o que vai acontecer? Por isso estamos apoiando os professores com uma moção de apoio, que será encaminhada para deputados, para o governador e para o secretário de educação do estado, onde pedimos que sejam revistos esses cortes, e que se há a necessidade de cortes que sejam em outros setores e não na educação”.
O apoio aos professores da rede estadual vem de todas as partes “Em anos anteriores ouvia-se reclamação dos pais dos alunos, porque os professores faziam greve, esse ano percebemos que não estão reclamando, estão apoiando a greve dos professores, porque eles entendem que o que está para acontecer é injusto. Se o professor não recebe como vai trabalhar?, completa Reonil, salientando ainda que “Estamos apoiando os professores porque entendemos que a educação é um dos pilares da formação do bom cidadão. Então o governo não pode fazer cortes drásticos em cima da educação. Tem estados no Brasil que os professores ganham até R$ 5 mil com o mínimo de R$ 2.500 e aqui no Rio Grande do Sul os professores estão recebendo uma média de R$ 1.200, estão recebendo a metade do que seria o mínimo, não tem porque apertar mais ainda. Existem outros setores que podem ser enxugados e repassar para a educação esses recursos”.